Resolvi comentar: Sniper Americano (o livro)
Senti uma relação de amor e ódio com esse livro. Por um lado não conseguia parar de ler e outro achava o protagonista da biografia um verdadeiro babaca. Na verdade "babaca" é o adjetivo mais fraquinho que eu consigo te dar. Ah, vamos lá.
Até que terminei esse livro bem rápido, comecei no domingo e terminei na noite de sexta-feira. Vamos fingir que o livro é uma biografia que conta os feitos de Chris Kyle, o atirador de elite mais letal dos EUA. Em vários momentos do livro quem narra um pouco da história é Taya, esposa de Chris, que mostra o lado dela de todos aqueles anos em que eles foram casados.
Já nas primeiras 30 páginas eu não "fui com a cara" do Chris, e esse foi um dos fatores para decidir se foi uma boa leitura. Chris é uma daqueles caras tipicamente machões e extremamente patriota, morreria pelo país. No decorrer do livro, ele denomina os inimigos de vários adjetivos, tipo "selvagens". Tenho certeza que muitos que entraram naquela guerra não queriam estar ali, a prova disso é que eles usavam drogas para tentar ganhar alguma coragem pra enfrentar os americanos. Ninguém sabe as circunstâncias que os "inimigos" foram parar naquela guerra. E se eles não pudessem evitar aquilo tudo? Kyle ainda fala que não se arrepende de ter matado todo aquele pessoal, não é muito fácil sentir empatia com um ser humano desses.
No livro Chris conta várias histórias do tempo em que era atirador de elite. Algumas histórias são tristes, outras um pouquinho engraçadas. A leitura flui muito bem, consegue te prender. Do jeito que ele conta os acontecimentos você até lembra daqueles filmes de guerra. Particularmente, gostei mais dos relatos de Taya. Você consegue sentir naquelas palavras tudo aquilo que ela sofreu, tendo que cuidar dos filhos e rezando para que o marido voltasse vivo dos conflitos.
Mas, além de ir muito "com a cara" do Chris, tem um outro problema aí. Acho que o autor inventou uma parte em especial aí. Não vou descrevê-la com perfeição, só o que você vai entender:
Kyle acaba de acordar. no fatídico dia do 11 de setembro. Ele fica extremamente irritado ao ver aquela cena horrível passando na televisão e é chamado URGENTEMENTE para a base. Ele corre com o carro como se não houvesse amanhã, com um carro da polícia em seu encalço. O policial consegue pará-lo e pergunta:
-Pra quê tanta pressa?
-Sou da Marinha. Sou um Seal.
-Ah, deixa que eu te levo até lá. Pra cima deles [se referindo aos terroristas], porra.
Aposto que isso aconteceu mesmo. Tudo bem que os americanos são extremamente patriotas e tal, mas não nesse nível. Sobre o filme, não demonstrei muito interesse. Mas se algum dia der vontade de ver, assim farei.
Sniper Americano é um daqueles livros extremamente patriotas, com um narrador difícil de se sentir um pouco de empatia. Pelo menos temos um lado mais humano da história, narrado pela esposa de Chris. O que te faz ler é que a narrativa das guerras consegue te prender de um jeito que você só para lá no final, onde são mostradas as fotos do autor.
Agora acabou. Abraços, Caio Machado.
Até que terminei esse livro bem rápido, comecei no domingo e terminei na noite de sexta-feira. Vamos fingir que o livro é uma biografia que conta os feitos de Chris Kyle, o atirador de elite mais letal dos EUA. Em vários momentos do livro quem narra um pouco da história é Taya, esposa de Chris, que mostra o lado dela de todos aqueles anos em que eles foram casados.
Já nas primeiras 30 páginas eu não "fui com a cara" do Chris, e esse foi um dos fatores para decidir se foi uma boa leitura. Chris é uma daqueles caras tipicamente machões e extremamente patriota, morreria pelo país. No decorrer do livro, ele denomina os inimigos de vários adjetivos, tipo "selvagens". Tenho certeza que muitos que entraram naquela guerra não queriam estar ali, a prova disso é que eles usavam drogas para tentar ganhar alguma coragem pra enfrentar os americanos. Ninguém sabe as circunstâncias que os "inimigos" foram parar naquela guerra. E se eles não pudessem evitar aquilo tudo? Kyle ainda fala que não se arrepende de ter matado todo aquele pessoal, não é muito fácil sentir empatia com um ser humano desses.
O autor, Chris Kyle. |
Mas, além de ir muito "com a cara" do Chris, tem um outro problema aí. Acho que o autor inventou uma parte em especial aí. Não vou descrevê-la com perfeição, só o que você vai entender:
Kyle acaba de acordar. no fatídico dia do 11 de setembro. Ele fica extremamente irritado ao ver aquela cena horrível passando na televisão e é chamado URGENTEMENTE para a base. Ele corre com o carro como se não houvesse amanhã, com um carro da polícia em seu encalço. O policial consegue pará-lo e pergunta:
-Pra quê tanta pressa?
-Sou da Marinha. Sou um Seal.
-Ah, deixa que eu te levo até lá. Pra cima deles [se referindo aos terroristas], porra.
Aposto que isso aconteceu mesmo. Tudo bem que os americanos são extremamente patriotas e tal, mas não nesse nível. Sobre o filme, não demonstrei muito interesse. Mas se algum dia der vontade de ver, assim farei.
Bradley Cooper numa cena de Sniper Americano. |
Agora acabou. Abraços, Caio Machado.
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