Ads Top

Um filme do Tim Burton que não parece do Tim Burton. Essa é uma das formas que consigo apresentar Grandes Olhos para vocês.
"Ela criou, ele vendeu". Esse é a menor sinopse do filme, mas vamos para uma maior: o filme se passa na década de 1950-1960 e acompanha a história real de Margaret Keane, que acaba de se separar do marido e tenta vender seus quadros que mostram as crianças de grandes olhos. Até que durante uma dessas tentativas, conhece o "artista" Walter Keane, e se apaixona por ele. Ela então se casa com homem e descobre que os quadros dele não faziam sucesso, mas os seus sim. Walter então assume a autoria dos quadros de Margaret por 10 anos, fazendo um tremendo sucesso, até 1965, ano em que ela se separa de Walter e o processa.
Margaret Keane (Amy Adams)
Infelizmente, é uma história real. A pergunta que eu fiquei na cabeça após ver esse filme foi: "Até onde o ser humano vai para conseguir a fama?". Acho a atitude de Walter desprezível, mas até entendo um pouco do lado dele de "artista que não estava dando certo e quer ter a fama". Ele se aproveitou da inocência de Margaret fingindo ser algo que ele não era.  Caramba, as mentiras que ele inventou davam até vergonha alheia por ele ser tão cafajeste desse jeito. Pelo menos a justiça foi feita com ele.
No decorrer do filme, vemos a ascensão do trabalho de Margaret. Não pensem que foi uma ascensão pequena, foi a um nível nacional. Eles até se envolveram com a UNICEF. Margaret não era bem tratada pelo marido: ele se aproveitava dela, fazendo-a produzir vários quadros por dia dentro de um quarto. Sua filha não podia saber disso.
Margaret pintava os quadros nesse estilo: crianças com olhos bem grandes.
Já que falei da filha, vamos falar de um grande problema do filme: a falta de indicações que se passou um determinado período. Os dois acabam de se conhecer e poucos minutos depois vemos a cena do casamento deles. Deviam ter colocado alguma coisa indicando que passou-se um período entre esses dois períodos, nem precisava passar no filme um "X meses depois", uma diálogo indicando já estava bom (eles fazem isso um momento do filme, aliás). Foi através da filha que eu percebi MESMO que os dois estavam casados faziam anos. A filha sofreu tudo aquilo desde pequena até a idade adulta.
Torci muito pela Margaret. Do tipo "FAZ ISSO NÃO MINHA FILHA" ao "Ufa, você conseguiu". A atuação da Amy Adams é ótima, entrou realmente na personagem. Já Christoph Waltz... não deu muito certo. Não sei o que acontecia comigo: quando o via em cena só imaginava que era ele ali, o ator, e não o personagem dele. Talvez seja um problema meu, vá lá saber. Mas que ele se esforçou, ah sim.
Walter Keane (Christoph Waltz)
O filme estava indo muito bem, mas numa determinada cena perto da parte final do filme que fica muito desconexa com o filme. Daria perfeitamente para tirá-la do filme e colocar em algum filme de terror. Duvido que aquilo tenha acontecido na realidade, mas se aconteceu finge que não leu esse parágrafo :P.
Até gostei da música-tema do filme, feita pela Lana Del Rey. Mesmo não sendo muito fã dela eu acho que você vai gostar de ouvir a música-tema do filme. Ela combina bastante com todo o clima triste do filme e se você colocar a tradução você verá que a letra combina com a relação de Walter e Margaret. Dá uma escutada:
Grandes Olhos é um bom filme, com uma história interessante e uma protagonista cativante, um antagonista não muito bem interpretado e uma trilha-sonora interessante. Vai assistir?
P.S: Eu costumo chamar esse filme de "Grandes Zóios" de brincadeira, é sério..

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.