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Resolvi rever o filme e ele é muito melhor do que eu imaginava.



Homem de Aço conta a história de Kal-el, um alienígena vindo do planeta Krypton que vive na Terra desde pequeno e possui grandes poderes. Quando Zod, um general kryptoniano que saiu da Zona Fantasma, vai para a Terra com o objetivo de restaurar seu planeta agora destruído, cabe ao Superman pará-lo.

Superman é o meu super-herói preferido. Você pode achá-lo poderoso demais, muito certinho, bobo (graças aos filmes antigos que podem ter dado essa fama à ele), entre outros adjetivos que você pode encontrar pela internet a fora. Eu gosto dele porque, resumidamente, ele representa o que a humanidade tem de melhor. Ele não domina o mundo simplesmente porque não precisa disso. Ele usa todos aqueles poderes que possui para ajudar os outros, existe coisa mais nobre do que isso? E Homem de Aço, dirigido por Zack Snyder, conseguiu ser uma ótima representação desse personagem que gosto tanto.
O filme já começa muito bem, mostrando como era o mundo em Krypton, já com Jor-el avisando sobre os problemas no núcleo do planeta, o que acaba ocasionando a destruição do mesmo. É interessantíssimo ver todo aquele mundo, o ambiente, como são as naves, as roupas bem diferentes, a fauna, enfim, o ambiente que Kal-el nasceu mas infelizmente não pôde vê-lo foi criado usando uma criatividade enorme. Mas confesso que senti a falta do icônico “O filho se torna o pai e o pai se torna o filho” na hora da despedida dos pais biológicos de Clark.
Talvez os fãs mais radicais do personagem não tenham gostado muito da escolha que o filme faz de não mostrar Jonathan e Martha Kent encontrando o alienígena que mais tarde adotariam como filho, mas o filme segue por um caminho muito mais interessante, mostrando como foram os primeiros anos de Clark se acostumando com a Terra e aprendendo a controlar seus poderes. Essa escolha, de humanizar o personagem funcionou muito bem. Ele sentia vontade de socar os moleques que enchiam tanto seu saco, se sente culpado quando faz algo errado ou até mesmo, olha só, fica extremamente irritado quando alguém inventa de mexer com sua mãe. Enfim, ele é um alienígena extremamente humano. Eu, que não lembrava de nada do filme, tinha medo de que isso fosse estragar o filme de alguma forma, mas felizmente não. Mesmo assim, não gosto muito do Superman que estão criando nesse universo. O problema é comigo, que ainda gosto daquele Superman mais “bobinho” dos filmes mais antigos, que claramente não fariam nem metade do sucesso que fizeram naquela época se fossem lançados atualmente. Pegue Superman- O Retorno, por exemplo. O filme tenta resgatar aquele sentimento dos filmes antigos e não deu nem um pouco certo, sendo odiado por muita gente até hoje ¯\_()_/¯

Eu curto muito essa pegada mais sombria e realista dos filmes da DC. Funciona, assim como humanizar o Super. Certas mudanças, como por exemplo a de evitar mostrar a descoberta da nave pelos Kent, também dão certo. Mas tem uma coisa me deixou bastante incomodado: Martha Kent a.k.a Mãe do Superman. Eu conheço a personagem como uma idosa, bondosa, gentil, que é boa em sua essência (me lembra um pouco a minha avó paterna, inclusive =D). Mas nesse filme tentaram deixá-la um pouco mais “durona”, não no sentido de sair chutando bundas, mas sim uma personagem que dê para pensar que ela possa existir no mundo de hoje, já que eu sei que uma pessoa tão boa igual a clássica Martha Kent é praticamente impossível nesse mundo que eu e você vivemos, em 2015. O problema é que não deu muito certo, foi uma mudança que desagradou. Eu não consigo imaginar a Martha Kent, que criou Clark e ajudou a formar a pessoa que ele é e eu gosto tanto, mandando um “vá pro inferno” para alguma pessoa. Simplesmente não dá, “não desceu”.
Uma coisa que simplesmente me deixou bobo, maravilhado nesse filme foi a cena do primeiro voo do Superman. É simplesmente lindo ver, com todos os efeitos especiais e uma trilha-sonora fantástica do Hans Zimmer, o personagem que mais gosto ser usado de uma maneira tão boa daquele jeito. A trilha-sonora do Hans Zimmer, compositor que eu gosto tanto, é a coisa que deixa a cena ainda mais fantástica. Não sei se isso faz sentido, mas a trilha-sonora nessa cena me dava vontade de voar. Não só nessa cena, a trilha-sonora de Hans Zimmer funciona muito bem durante todo o filme.

Lois Lane, interpretada por Amy Adams, tem um destaque maior no filme. Vemos aqui ela realmente exercendo o trabalho de repórter, viajando para outros lugares, e não apenas estando no Planeta Diário pedindo se palavra X tem a letra Y. Além disso, a relação dela com Superman é diferente do que eu já vi anteriormente. Ela acaba se apaixonando primeiro por Kal-el, o alienígena que a intrigou tanto na primeira vez que o viu, e não por Clark Kent. Foi uma escolha curiosa, mas não ruim.

Falando em escolhas curiosas, o filme brinca um pouco com a questão de Clark Kent ser praticamente um deus entre os humanos, chegando até a fazer alusão a esse fato em uma determinada cena. Realmente, o personagem é praticamente um deus. Voa, solta laisers pelos olhos, possui um sopro fortíssimo, consegue levantar carros com extrema facilidade, etc. O problema é que senti que, aqui, ele possui um ar de superioridade quando se encontra com os humanos. “Mas porra, o cara voa, como é que tu não quer um ar de superioridade vindo dele?” talvez você esteja se perguntando. É que aqui, ele é muito mais Kal-el do que Clark Kent, o que acabou me desagradando um pouco. A minha visão dele é que ele vai até os humanos de igual para igual, esquecendo o fato de que ele veio de outro planeta, entende? Mas isso é muito mais pessoal, você pode nem ligar para isso no filme. Talvez o filme enfatize toda essa superioridade do personagem, que não gostei tanto, mostrando soldados extremamente burros, porque olha, aqueles planos que o exército faz para deter General Zod e Cia. (Superman também está incluso) são completamente ridículos.

Zod é um vilão interessante, tirando os gritos um pouco desnecessários em algumas partes do filme. Sua motivação fez com que eu criasse um pouco de empatia com ele, sendo impossível odiá-lo. Ele é o bom vilão, aquele que é o herói dentro de sua cabeça.
Se uma coisa os fanboys reclamaram, e com razão, é a quantidade de destruição. Tá, eu sei que aquela fui a primeira batalha do Sups contra alguém realmente poderoso, mas com tanta gente morrendo por causa da briga DELE, isso acaba deixando-o com uma fama de irresponsável, se redimindo um pouco lá pelo final. Mas isso será um pouco mais explorado em Batman V.Superman: A Origem da Justiça. Eu tô com o Superman, desculpa.
Homem de Aço consegue entregar o Superman que muitos queriam ver, mostrando mais pancadaria que todos os filmes anteriores. Aqui o personagem é humanizado e dá muito certo. Aqueles que gostam ou não do personagem tem altas chances de acabar gostando do filme, mas é preciso ter paciência: o filme tem uma duração muito longa, sendo arrastado em algumas partes. O problema mesmo é comigo, que mesmo gostando dessa nova versão, ainda prefiro o Superman /Clark Kent mais bobinho. O jeito é aceitar e me preparar, já que vem muitos outros filmes com o super-herói por aí. Haja dinheiro.



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