Homem de Aço (Man of Steel, 2013)
Resolvi rever o filme e ele
é muito melhor do que eu imaginava.
Homem de Aço conta a história de
Kal-el, um alienígena vindo do planeta Krypton que vive na Terra desde pequeno
e possui grandes poderes. Quando Zod, um general kryptoniano que saiu da Zona
Fantasma, vai para a Terra com o objetivo de restaurar seu planeta agora
destruído, cabe ao Superman pará-lo.
Superman é o meu super-herói preferido.
Você pode achá-lo poderoso demais, muito certinho, bobo (graças aos filmes
antigos que podem ter dado essa fama à ele), entre outros adjetivos que você
pode encontrar pela internet a fora. Eu gosto dele porque, resumidamente, ele
representa o que a humanidade tem de melhor. Ele não domina o mundo
simplesmente porque não precisa disso. Ele usa todos aqueles poderes que possui
para ajudar os outros, existe coisa mais nobre do que isso? E Homem de
Aço, dirigido por Zack Snyder, conseguiu ser uma ótima representação desse
personagem que gosto tanto.
O filme já começa muito bem, mostrando
como era o mundo em Krypton, já com Jor-el avisando sobre os problemas no
núcleo do planeta, o que acaba ocasionando a destruição do mesmo. É
interessantíssimo ver todo aquele mundo, o ambiente, como são as naves, as
roupas bem diferentes, a fauna, enfim, o ambiente que Kal-el nasceu mas
infelizmente não pôde vê-lo foi criado usando uma criatividade enorme. Mas
confesso que senti a falta do icônico “O filho se torna o pai e o pai se torna
o filho” na hora da despedida dos pais biológicos de Clark.
Talvez os fãs mais radicais do personagem não
tenham gostado muito da escolha que o filme faz de não mostrar Jonathan e
Martha Kent encontrando o alienígena que mais tarde adotariam como filho, mas o
filme segue por um caminho muito mais interessante, mostrando como foram os
primeiros anos de Clark se acostumando com a Terra e aprendendo a controlar
seus poderes. Essa escolha, de humanizar o personagem funcionou muito bem. Ele
sentia vontade de socar os moleques que enchiam tanto seu saco, se sente
culpado quando faz algo errado ou até mesmo, olha só, fica extremamente
irritado quando alguém inventa de mexer com sua mãe. Enfim, ele é um alienígena
extremamente humano. Eu, que não lembrava de nada do filme, tinha medo de que
isso fosse estragar o filme de alguma forma, mas felizmente não. Mesmo assim,
não gosto muito do Superman que estão criando nesse universo. O problema é
comigo, que ainda gosto daquele Superman mais “bobinho” dos filmes mais
antigos, que claramente não fariam nem metade do sucesso que fizeram naquela
época se fossem lançados atualmente. Pegue Superman- O Retorno, por exemplo. O
filme tenta resgatar aquele sentimento dos filmes antigos e não deu nem um
pouco certo, sendo odiado por muita gente até hoje ¯\_(ツ)_/¯
Eu curto muito essa pegada mais sombria e realista
dos filmes da DC. Funciona, assim como humanizar o Super. Certas mudanças, como
por exemplo a de evitar mostrar a descoberta da nave pelos Kent, também dão
certo. Mas tem uma coisa me deixou bastante incomodado: Martha Kent a.k.a Mãe
do Superman. Eu conheço a personagem como uma idosa, bondosa, gentil, que é boa
em sua essência (me lembra um pouco a minha avó paterna, inclusive =D). Mas
nesse filme tentaram deixá-la um pouco mais “durona”, não no sentido de sair
chutando bundas, mas sim uma personagem que dê para pensar que ela possa
existir no mundo de hoje, já que eu sei que uma pessoa tão boa igual a clássica
Martha Kent é praticamente impossível nesse mundo que eu e você vivemos, em
2015. O problema é que não deu muito certo, foi uma mudança que desagradou. Eu
não consigo imaginar a Martha Kent, que criou Clark e ajudou a formar a pessoa
que ele é e eu gosto tanto, mandando um “vá pro inferno” para alguma pessoa.
Simplesmente não dá, “não desceu”.
Uma coisa que simplesmente me deixou bobo,
maravilhado nesse filme foi a cena do primeiro voo do Superman. É simplesmente
lindo ver, com todos os efeitos especiais e uma trilha-sonora fantástica do
Hans Zimmer, o personagem que mais gosto ser usado de uma maneira tão boa
daquele jeito. A trilha-sonora do Hans Zimmer, compositor que eu gosto tanto, é
a coisa que deixa a cena ainda mais fantástica. Não sei se isso faz sentido,
mas a trilha-sonora nessa cena me dava vontade de voar. Não só nessa cena, a
trilha-sonora de Hans Zimmer funciona muito bem durante todo o filme.
Lois Lane, interpretada por Amy Adams, tem um
destaque maior no filme. Vemos aqui ela realmente exercendo o trabalho de
repórter, viajando para outros lugares, e não apenas estando no Planeta Diário
pedindo se palavra X tem a letra Y. Além disso, a relação dela com Superman é
diferente do que eu já vi anteriormente. Ela acaba se apaixonando primeiro por
Kal-el, o alienígena que a intrigou tanto na primeira vez que o viu, e não por
Clark Kent. Foi uma escolha curiosa, mas não ruim.
Falando em escolhas curiosas, o filme brinca um
pouco com a questão de Clark Kent ser praticamente um deus entre os humanos,
chegando até a fazer alusão a esse fato em uma determinada cena. Realmente, o
personagem é praticamente um deus. Voa, solta laisers pelos olhos, possui um
sopro fortíssimo, consegue levantar carros com extrema facilidade, etc. O problema
é que senti que, aqui, ele possui um ar de superioridade quando se encontra com
os humanos. “Mas porra, o cara voa, como é que tu não quer um ar de
superioridade vindo dele?” talvez você esteja se perguntando. É que aqui, ele é
muito mais Kal-el do que Clark Kent, o que acabou me desagradando um pouco. A
minha visão dele é que ele vai até os humanos de igual para igual, esquecendo o
fato de que ele veio de outro planeta, entende? Mas isso é muito mais pessoal,
você pode nem ligar para isso no filme. Talvez o filme enfatize toda essa
superioridade do personagem, que não gostei tanto, mostrando soldados
extremamente burros, porque olha, aqueles planos que o exército faz para deter
General Zod e Cia. (Superman também está incluso) são completamente ridículos.
Zod é um vilão interessante, tirando os gritos um
pouco desnecessários em algumas partes do filme. Sua motivação fez com que eu
criasse um pouco de empatia com ele, sendo impossível odiá-lo. Ele é o bom
vilão, aquele que é o herói dentro de sua cabeça.
Se uma coisa os fanboys reclamaram, e com razão, é
a quantidade de destruição. Tá, eu sei que aquela fui a primeira batalha do
Sups contra alguém realmente poderoso, mas com tanta gente morrendo por causa
da briga DELE, isso acaba deixando-o com uma fama de irresponsável, se
redimindo um pouco lá pelo final. Mas isso será um pouco mais explorado em
Batman V.Superman: A Origem da Justiça. Eu tô com o Superman, desculpa.
Homem de Aço consegue entregar o Superman que
muitos queriam ver, mostrando mais pancadaria que todos os filmes anteriores.
Aqui o personagem é humanizado e dá muito certo. Aqueles que gostam ou não do
personagem tem altas chances de acabar gostando do filme, mas é preciso ter
paciência: o filme tem uma duração muito longa, sendo arrastado em algumas
partes. O problema mesmo é comigo, que mesmo gostando dessa nova versão, ainda
prefiro o Superman /Clark Kent mais bobinho. O jeito é aceitar e me preparar,
já que vem muitos outros filmes com o super-herói por aí. Haja dinheiro.
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